quinta-feira, 24 de março de 2011

Dilma: A Dama Nuclear...




O governo brasileiro pretende construir mais quatro usinas nucleares até 2025, além de concluir as obras de angra 3. Duas usinas serão construídas no Nordeste e a Eletronuclear está pesquisando os locais, incluindo os estados de Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. A estatal apresentará, até 2011, a proposta com, pelo menos, cinco locais considerados “adequados” para a construção das plantas nucleares.

E o Estado do Piauí apresentou ao ministério das Minas e Energias, proposta para sediar uma usina de energia nuclear. O Ministério vinha trabalhando em ritmo acelerado no projeto e deveria anunciar ainda neste mês os principais candidatos para sediar as instalações.

Será que o governo Dilma (PT), vai insistir no plano de investir nesta forma terrível de geração de energia? Justamente quando há um debate global negativo contra as usinas nucleares devido às ameaças de radiação da população do Japão por usinas após terremotos e tsunami no país.

Bom, eu tenho uma proposta sobre este tema para fazer ao governo Dilma. Presidente construa não apenas uma, mas todas as usinas nucleares que quiser, mas faça as instalações bem ao lado do Lago Paranoá em Brasília assim se tiverem que enfrentar uma catástrofe nuclear, os primeiros a serem contaminados seriam os “caciques” dos palácios da capital federal.

Mais usinas nucleares no Brasil? Só pode ser piada deste governo vendido aos interesses do capital internacional.

Acrizio Galdez

sábado, 19 de março de 2011

Pré-sal: Os Interesses são outros...





O pré-sal, menina dos olhos do governo Dilma, também é um dos interesses dos Estados Unidos. Como sabemos, o petróleo é a energia que move o planeta e não é renovável. Os Estados Unidos é o país que mais consome petróleo diariamente, daí sua politica econômica e militar está relacionada com a geopolítica do petróleo [ocupação no Afeganistão, Iraque e a próxima a ser ocupada será a Líbia]. A presidente Dilma anunciou que pretende aumentar a produção brasileira de petróleo até 2015 para mais de 4 bilhões de barris/dia, sendo que o país consome 2,8 bilhões barris. O restante da produção será destina à exportação para os Estados Unidos.

Obama não veio somente “pedir”, veio também agradecer. O Brasil vem desenvolvendo, nos últimos anos, o papel de bombeiro da América Latina. Com o desgaste sofrido pelo imperialismo estadunidense na região, foi necessário buscar um cão de guarda.

Crise na Venezuela, Bolívia, Colômbia, os norte americanos não podiam colocar a cara, manda o bombeiro da região. Lá ia o presidente do Brasil apagar o fogo e fazer a politica da boa vizinhança. A servidão foi tão grande que hoje ocupamos militarmente o país mais pobre das Américas. A
ocupação militar disfarçada de ocupação humanitária é no fundo uma grande ocupação econômica. O principal papel das tropas é reprimir as lutas do povo haitiano e garantir que as grandes empresas americanas explorem a mão de obra do povo mais sofrido do nosso continente.

Infelizmente, será a Presidente Dilma, do Partido dos Trabalhadores, que agora vai dizer “Sim senhor, Mr. Presidente”. Que FHC e sua turma neoliberal do PSDB fizessem isso era compreensível, afinal o tucano, símbolo do PSDB, voa como a águia, símbolo do imperialismo norte-americano. Companheiros do PT, falo com os muitos que ainda acreditam em um mundo melhor, não admitam que o governo Dilma (PT), também se curve diante do “IMPÉRIO DO MAL”.

Visita de Obama: uma farsa pra brasileiro ver!




O desgaste de Bush obrigou o imperialismo buscar uma nova cara. Mas, apesar do novo rosto, o império continua lançando suas bombas, ocupando territórios militar e economicamente. Obama é o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, porém a casa continua branca.
A famosa frase que caracterizou a Doutrina Monroe, “a América para os americanos”, segue atual. Obama vem ao Brasil tentar seguir o plano de recolonização iniciado por Bush. Como seu antecessor, por resistência das massas, não conseguiu impor a ALCA [Acordo para Legalizar a Colonização da América], cabe ao novo homem, o primeiro presidente negro do império, com amplo apoio popular, conseguir o que Bush não alcançou.


“Yes, we can Mr. Presidente”, é o que Obama espera ouvir. Na verdade, é isso que ele vai ouvir da nossa Presidente em alto e bom som. Dizer “Yes, we can Mr. Presidente” foi uma prática constante durante os oito aos do governo FHC [PSDB], bem como durante os oitos anos do governo Lula [PT].


A visita de Obama tem objetivos concretos: acordo de comércio bilateral, ocupação do Haiti e o pré-sal. Diferente do que a grande mídia vai divulgar a visita de Obama não será nada histórica, terá o mesmo papel das visitas realizadas por presidentes anteriores: garantir que a sangrenta águia americana enfie cada vez mais suas garras em nossas riquezas.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Ouvindo Ruben Blades

Hoje, limpando meu quarto de dormir, remexendo em velhas coisas, guardadas em caixas velhas, encontrei alguns CD’s que há muito não via nem ouvia... Um deles, o de grandes sucessos de Ruben Blades, um antigo cantor de Rumba que viveu em NY City por volta dos anos 60 e 70. Músicas que falam da realidade vivida até hoje pelos latinos nos Estados Unidos, realidade dura cheia de trabalho, pobreza e discriminação, mas que falam principalmente de honra e orgulho, talvez algo do orgulho que o libertador Simon Bolivar sonhou.

O que importa de verdade é que tive a oportunidade de ouvir novamente estas músicas, e, relembrar passagens e momentos importantes da minha vida, quando fui imigrante ilegal em um país distante. Enfrentei muitas dificuldades, mas também tive a oportunidade de conhecer a amizade verdadeira, aquela desinteressada e sincera, que está sempre disposta a ajudar sem pré-julgamentos.

Esse texto cheio de saudade, sentimento que só nós brasileiros conhecemos de verdade, é pra registrar a lembrança dos melhores amigos que alguém pode ter, quando está longe de casa, longe do seu país... Danel, Harkaits Bastarika e Laura Torres, dois vascos e uma argentina, em Barcelona ou onde estiverem, saibam que recordo com a mais profunda emoção dos tempos difíceis, mas muito felizes que caminhamos juntos.


Acrizio Galdez