sábado, 1 de outubro de 2011

Sou Contra a Divisão do Pará




A divisão do Pará pode representar a repartição só da pobreza para a grande maioria, e a concentração de mais riquezas nas mãos de poucos, através de uma espécie de loteamento dos recursos naturais renováveis e não renováveis ainda existentes. O Pará já é dividido administrativamente em Municípios, o que precisamos é mais seriedade, eficiência e menos desperdício na aplicação de recursos públicos.

Se criarem os Estados de Tapajós e Carajás, o Pará vai ficar só com a parte degradada do nordeste paraense e com a faixa de população mais pobre, ou seja, com um gigantesco passivo ambiental, social e econômico, enquanto as imensas riquezas florestais, minerais e faunísticas, ou seja, bióticas e abióticas, que não rendem eficientemente aquilo que deveriam ao Pará, irão todas definitivamente pelo ralo.

Em vez de dividir, está mais que passada a hora de se fazer, com seriedade e eficiência, uma revisão histórica do processo de desenvolvimento do Pará. E nessa análise, necessariamente, tem que ser incluída uma revisão crítica das relações com os mega exploradores dos nossos recursos naturais. Essa revisão se faz necessária, sobretudo, pela razão de ser o Pará detentor não apenas das maiores, mais importantes e diversificadas jazidas minerais e reservas florestais do Brasil, mas por abrigar potencialmente no seu território aquele que é também o insumo básico para todo e qualquer projeto na área da indústria de transformação: a capacidade hídrica de geração de energia.

Portanto, sou contra a divisão do Pará (criação de outros Estados), a menos que provem o contrário, através da apresentação de estudos técnicos responsáveis dos impactos econômicos, tributários, sociais e ambientais da pretensa divisão, mostrando os ativos e passivos nos diferentes cenários, e me convencer de que estou equivocado.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Lixo, precisamos saber mais !

Você já parou para pensar quanto lixo cada um de nós produz diariamente? E o volume de lixo produzido na sua rua, em seu bairro, ou em sua cidade, você sabe quanto é? Já imaginou qual o destino final de todo esse lixo? Você sabe para onde ele vai? Alguma vez você já se perguntou sobre as consequências negativas que o lixo produz ao meio ambiente?

A maioria das pessoas não pára para pensar nessas coisas, pois muitos de nós não compreendemos muito bem esse assunto e alguns na verdade nem se importam tanto com todos os problemas que podem estar relacionados com o nosso lixo.

O lixo que um bairro, uma cidade ou nação produz está intimamente ligado ao modo de vida de sua população. Por exemplo, cidades e países industrializados produzem grande quantidade de lixo inorgânico. Já nas nações em desenvolvimento, nas pequenas cidades do interior, nos povoados, assentamentos rurais e nas fazendas, grande parte do lixo produzido é de origem orgânica.

Vamos pensar melhor sobre nosso lixo, isso é coisa séria!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Dia da Pátria...

Nas ruas, o colorido verde/amarelo/azul e branco,
Dessa imensa e bela dimensão continental.
Um dia especial, a beleza ilusória devotada do civismo patriótico,
Em desfiles majestosos em sua vã alegoria,
Trajados de esperança, sempre esperança.

Nas ruas de todos os outros dias,
A dura visão palpável da crua realidade,
A agitação insana na busca demente de coisa alguma...
O assombro da escuridão presente no medo que aniquila,
A cruel violência, o narcotráfico que se alastra insolúvel,
A corrupção assistida de cumplicidade,
O descaso, a miséria, a injustiça social.

Nas ruas de todos os outros dias,
Vamos seguindo “porque tudo é assim mesmo”...
Desviando os pés para não cair do salto,
Ou sujar os sapatos no flagelo,
Ou cair nesse fosso, que separa o dia da Pátria aos outros dias comuns.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O que está acontecendo com a Grécia ?...

A população mundial nos dias atuais está envolta na teia do que se denominou chamar de globalização. Esse fenômeno, que invade fronteiras, modifica costumes, expande as novas técnicas científicas e tecnológicas, constrói e destrói mercados, com a sua nova dinâmica, dificulta o controle estatal sobre ele. Novas formas de atividades são levadas a cabo, a exemplo da tecnologia da informática e de transações comerciais feitas entre países em questão de segundos, obrigando as instituições estatais a repensar suas estratégias. O sistema capitalista que se disseminou pelo mundo, trazendo consigo a idéia da individualização do lucro e do pensamento neoliberal, exige a abertura das fronteiras de todos os países do globo, conduzindo com isso várias formas de dominação das potências desenvolvidas sobre países periféricos.


Verificamos, de outro lado, que, com a abertura dos mercados e a dominação do capital e do lucro pelos países desenvolvidos, cresce a situação de pobreza destes países periféricos, com imensos efeitos negativos para sua população e com conseqüências sociais enormes, como a deficiência da educação, da saúde, e o aumento da criminalidade.


Ao mesmo tempo em que cresce a desigualdade social das populações, o Estado-nação vai ficando cada vez mais debilitado, perdendo suas mais nobres funções, começando com a dominação econômica através das "ajudas" das instituições financeiras e de países ricos interessados na manutenção desse status, o que, normalmente, desemboca na vala seguinte que é a dominação política. A "ajuda", através de empréstimo, vem sempre atrelada a várias imposições econômicas e políticas, sob pena de indeferimento, causando, portanto, o enfraquecimento do Estado-nação.


E issa dominação, agora, está em evidencia em sua forma classica na velha Grécia. E no Brasil já rola a algum tempo!...


terça-feira, 31 de maio de 2011

Um Estado chamado Amor...

Veja bem... Não é sonho impossivel, acredito que é possível UM PAÍS que tivesse seus representantes sem precisar passar (óleo de peroba em suas caras). E a confiança fosse um passo para O amor Estado se instalar em todas as repartições e órgãos que cuidam da nossa gente, um país onde nossas crianças tivessem orgulho em estudar nas escolas públicas e bem antes quando nascessem os hospitais não tivessem baixos riscos de mortalidade, os remédios fossem usados antes de irem para o lixo, vencidos, por falta de distribuição. a Segurança e a habitação não fosse uma rompante da paixão eleitoreira. Um país que olhasse a todos com o orgulho, que seus representantes na hora que errassem (pois todos somos passivos de erros) viessem a público e falassem a verdade sem a embriagues da mentira, um país onde os jovens na escola já trariam a educação primária e assim continuariam uma formação de descobertas mesmo que duvidando, pois seria típico da idade, e a idade adulta chagaria para cada um sem a discriminação e com oportunidades iguais, formariam famílias mais estruturadas e nossos velhos contariam mais e mais histórias de suas experiências com menos lágrimas nos olhos, há se no estado amor encontrássemos políticos comprometidos com o interesse comum e assim as barbaridades que encontramos hoje diminuiriam e teríamos um à sensação de proteção generalizada. Somente quando precisássemos nossas famílias estariam sedimentadas e incluídas no amor Estado, pois cada um faria sua parte, e a política não seria partidária... Seria Humanitária. Com um estatuto maior: O AMOR.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Anjos da Rua





Uma das experiências mais intensas da minha vida, foi a de poder sair com algumas sacolas, com roupas, algumas usadas outras não, para doar a moradores de rua.

Pessoas que com o tempo, no nosso tempo, vão se tornando invisíveis... Gente que é de carne e osso, que vão passando pelo mundo como fantasmas, ectoplasmas concretos que se misturam ao concreto das cidades... Gente que passa, mas que muita gente insiste em não ver.


A nossa “moderna cultura”, que nos empurra goela a baixo a Coca-Cola e o estilo de vida norte americano, também reza na sua cartilha a descriminação e a redução a uma condição de “sub-humanidade” a muitos irmãos que não tiveram as mesmas oportunidades que você, que está lendo este texto agora.


Eu mesmo posso confidenciar a você, caro leitor, que foi só a partir da primeira vez que estive com aqueles irmãos nossos que passei a me dar conta de como também não os enxergava. Era como se não existissem – a não ser que sua presença estivesse em algum lugar no caminho, atrapalhando o tráfego. Caso contrário eu não os percebia, não saberia comentar seus traços, muito menos suas vestes – mesmo que rasgadas ou mal cheirosas.


Com as experiências vividas naqueles momentos, pude compreender alguns fatos importantes: O que menos preocupa um morador de rua é o alimento, mesmo porque são auxiliados por muitos destes abnegados tarefeiros da noite. Não sentem fome do pão, contudo tem fome de afeto, de consideração, de alguém que os escute. Não sofrem apenas pela ausência de casa ou de família, mas principalmente pela ausência de humanidade. Não lamentam o fato de estarem concretamente na miséria, mas a miserável forma de tratamento que recebem.


Se puder te dar um conselho, que pode mudar a sua vida... É que você tente mudar, para melhor, a vida destes anjos da rua, seres humanos como eu e você.

Acrizio Galdez




"As feridas da alma são curadas com carinho, atenção e paz.

"Machado de Assis

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Sobre o Golpe de 64

Hoje em uma conversa com um jovem estudante do segundo ano do ensino médio, surgio o assunto da ditadura no Brasil. Bom, o garoto pouco sabia sobre essa terrivel passagem da nossa historia recente, resolvi falar um pouco sobre estes “anos de chumbo”, tentando deixar as paixões de lado... E sendo mais informativo...



O Golpe Militar de 1964 designa o conjunto de eventos ocorridos em 31 de março de 1964 no Brasil, e que culminaram no dia 1 de abril de 1964 em um golpe de estado. Este golpe encerrou o governo do presidente João Belchior Marques Goulart, também conhecido como Jango, que havia sido democraticamente eleito vice-presidente pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) – na mesma eleição que conduziu Jânio da Silva Quadros do Partido Trabalhista Nacional (PTN) à presidência, apoiado pela União Democrática Nacional (UDN). Janio renunciaria ao mandato no mesmo ano da sua posse (1961), alegando ser vitima de pressões de "Forças Terriveis".



O Golpe de 1964 submeteu o Brasil a um regime alinhado politicamente aos Estados Unidos da América. O regime militar durou até 1985, quando, indiretamente, foi eleito o primeiro presidente civil desde as eleições de 1960, Tancredo Neves.



No periodo em que os militares governaram com mão de ferro a nação, usando o terror para reprimir os que se opuseram ao regime, muita gente foi torturada e morta nos porões da ditadura. Mais ao contrario do que muitos defendem, estes anos não podem ser esquecidos... Temos uma divida historica com todos os idealistas, que ousaram lutar por sonhos de liberdade.

terça-feira, 5 de abril de 2011

O que não está errado?!...

Por que nesse nosso país tudo quanto é modinha, mulher gostosa e homem “bombadão” e sem cérebro é considerado ARTISTA? Em um país com tanta gente talentosa que canta bem, atua, escreve o que é “bom”, por que é o “Rebolation” e essas músicas que trazem em suas letras pornografias, insinuações sexuais e afins, as mais ouvidas?!

E por que o objetivo de tanta gente é sair em revistas de fofoca, ser famoso, faturar milhões no BBB, por que brasileiro gosta tanto de fofoca, de saber da vida das celebridades e de acompanha- las? E não estão interessados em estudar e ser reconhecido por esforço e talento?!

Existe tanta gente na nossa capital, ganhando muita grana, e que não aceitam piadas, brincadeiras, mas se olharmos bem de perto, no Congresso Nacional a piada já está pronta não?!

Mas, também não se pode negar que nesse nosso país existe MUITA gente talentosa, que merece sim estar no lugar onde estão, existem sim mulheres que são inteligentes e que não usam a bunda para fazer sucesso! Mas por que não são noticia da GLOBO?!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Dilma: A Dama Nuclear...




O governo brasileiro pretende construir mais quatro usinas nucleares até 2025, além de concluir as obras de angra 3. Duas usinas serão construídas no Nordeste e a Eletronuclear está pesquisando os locais, incluindo os estados de Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. A estatal apresentará, até 2011, a proposta com, pelo menos, cinco locais considerados “adequados” para a construção das plantas nucleares.

E o Estado do Piauí apresentou ao ministério das Minas e Energias, proposta para sediar uma usina de energia nuclear. O Ministério vinha trabalhando em ritmo acelerado no projeto e deveria anunciar ainda neste mês os principais candidatos para sediar as instalações.

Será que o governo Dilma (PT), vai insistir no plano de investir nesta forma terrível de geração de energia? Justamente quando há um debate global negativo contra as usinas nucleares devido às ameaças de radiação da população do Japão por usinas após terremotos e tsunami no país.

Bom, eu tenho uma proposta sobre este tema para fazer ao governo Dilma. Presidente construa não apenas uma, mas todas as usinas nucleares que quiser, mas faça as instalações bem ao lado do Lago Paranoá em Brasília assim se tiverem que enfrentar uma catástrofe nuclear, os primeiros a serem contaminados seriam os “caciques” dos palácios da capital federal.

Mais usinas nucleares no Brasil? Só pode ser piada deste governo vendido aos interesses do capital internacional.

Acrizio Galdez

sábado, 19 de março de 2011

Pré-sal: Os Interesses são outros...





O pré-sal, menina dos olhos do governo Dilma, também é um dos interesses dos Estados Unidos. Como sabemos, o petróleo é a energia que move o planeta e não é renovável. Os Estados Unidos é o país que mais consome petróleo diariamente, daí sua politica econômica e militar está relacionada com a geopolítica do petróleo [ocupação no Afeganistão, Iraque e a próxima a ser ocupada será a Líbia]. A presidente Dilma anunciou que pretende aumentar a produção brasileira de petróleo até 2015 para mais de 4 bilhões de barris/dia, sendo que o país consome 2,8 bilhões barris. O restante da produção será destina à exportação para os Estados Unidos.

Obama não veio somente “pedir”, veio também agradecer. O Brasil vem desenvolvendo, nos últimos anos, o papel de bombeiro da América Latina. Com o desgaste sofrido pelo imperialismo estadunidense na região, foi necessário buscar um cão de guarda.

Crise na Venezuela, Bolívia, Colômbia, os norte americanos não podiam colocar a cara, manda o bombeiro da região. Lá ia o presidente do Brasil apagar o fogo e fazer a politica da boa vizinhança. A servidão foi tão grande que hoje ocupamos militarmente o país mais pobre das Américas. A
ocupação militar disfarçada de ocupação humanitária é no fundo uma grande ocupação econômica. O principal papel das tropas é reprimir as lutas do povo haitiano e garantir que as grandes empresas americanas explorem a mão de obra do povo mais sofrido do nosso continente.

Infelizmente, será a Presidente Dilma, do Partido dos Trabalhadores, que agora vai dizer “Sim senhor, Mr. Presidente”. Que FHC e sua turma neoliberal do PSDB fizessem isso era compreensível, afinal o tucano, símbolo do PSDB, voa como a águia, símbolo do imperialismo norte-americano. Companheiros do PT, falo com os muitos que ainda acreditam em um mundo melhor, não admitam que o governo Dilma (PT), também se curve diante do “IMPÉRIO DO MAL”.

Visita de Obama: uma farsa pra brasileiro ver!




O desgaste de Bush obrigou o imperialismo buscar uma nova cara. Mas, apesar do novo rosto, o império continua lançando suas bombas, ocupando territórios militar e economicamente. Obama é o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, porém a casa continua branca.
A famosa frase que caracterizou a Doutrina Monroe, “a América para os americanos”, segue atual. Obama vem ao Brasil tentar seguir o plano de recolonização iniciado por Bush. Como seu antecessor, por resistência das massas, não conseguiu impor a ALCA [Acordo para Legalizar a Colonização da América], cabe ao novo homem, o primeiro presidente negro do império, com amplo apoio popular, conseguir o que Bush não alcançou.


“Yes, we can Mr. Presidente”, é o que Obama espera ouvir. Na verdade, é isso que ele vai ouvir da nossa Presidente em alto e bom som. Dizer “Yes, we can Mr. Presidente” foi uma prática constante durante os oito aos do governo FHC [PSDB], bem como durante os oitos anos do governo Lula [PT].


A visita de Obama tem objetivos concretos: acordo de comércio bilateral, ocupação do Haiti e o pré-sal. Diferente do que a grande mídia vai divulgar a visita de Obama não será nada histórica, terá o mesmo papel das visitas realizadas por presidentes anteriores: garantir que a sangrenta águia americana enfie cada vez mais suas garras em nossas riquezas.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Ouvindo Ruben Blades

Hoje, limpando meu quarto de dormir, remexendo em velhas coisas, guardadas em caixas velhas, encontrei alguns CD’s que há muito não via nem ouvia... Um deles, o de grandes sucessos de Ruben Blades, um antigo cantor de Rumba que viveu em NY City por volta dos anos 60 e 70. Músicas que falam da realidade vivida até hoje pelos latinos nos Estados Unidos, realidade dura cheia de trabalho, pobreza e discriminação, mas que falam principalmente de honra e orgulho, talvez algo do orgulho que o libertador Simon Bolivar sonhou.

O que importa de verdade é que tive a oportunidade de ouvir novamente estas músicas, e, relembrar passagens e momentos importantes da minha vida, quando fui imigrante ilegal em um país distante. Enfrentei muitas dificuldades, mas também tive a oportunidade de conhecer a amizade verdadeira, aquela desinteressada e sincera, que está sempre disposta a ajudar sem pré-julgamentos.

Esse texto cheio de saudade, sentimento que só nós brasileiros conhecemos de verdade, é pra registrar a lembrança dos melhores amigos que alguém pode ter, quando está longe de casa, longe do seu país... Danel, Harkaits Bastarika e Laura Torres, dois vascos e uma argentina, em Barcelona ou onde estiverem, saibam que recordo com a mais profunda emoção dos tempos difíceis, mas muito felizes que caminhamos juntos.


Acrizio Galdez

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

TEMPESTADE DEPOIS DA PRIMAVERA




De uma hora para outra o tempo fecha. Nuvens negras aproximam-se lentamente, até nos cingir e sufocar completamente numa ventania que nos faz desejar nada mais senão desaparecer. São nessas horas em que vemos que somos fracos, imperfeitos, por mais frieza que aparentemos ter.

Não há nada pior do que se sentir mal por alguma coisa em que não se pode levantar os braços e mudar; dar um novo rumo para os próximos capítulos, algo que faça alguma diferença. Afinal, não depende só de você para que tudo se encaixe e nos faça ter aquele utópico bel-prazer momentâneo, aquela sensação de que a vida é perfeita e nada nunca vai mudar... Por vezes temos que aceitar decisões de outros, ou no mínimo respeitá-las.

A vida é completamente cheia de esquinas e emboscadas e quando tudo parece querer dar certo, vem aquela bomba que avassala com as nossas esperanças de uma vida nos trilhos perfeitos. É como se vivêssemos num estado de felicidade temporária e não tardasse a novamente vir uma dessas nuvens negras causando uma tempestade gigantesca.

De tantas situações, uma idêntica a que eu passei anos antes; Mas não importa, as tempestades também são temporárias e todos enfrentaremos o que tivermos por destino quando a hora certa chegar.
Mas não vou mentir...
Bem que eu queria que a primavera fosse eterna...



Acrizio Galdez

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sobre Violência



Em nosso país, a violência é um fenômeno que se manifesta tanto na cidade como no campo, entre jovens e não jovens sem distinção de cor, raça, sexo, credo, condições social e econômica. Isso em parte está relacionado a desordem social e falta de estrutura que dê a todos condições dignas de vida.

Os fenômenos e as reflexões geradas em torno da problemática da violência não são novos nem escassos. Ao longo da história das sociedades, em seu âmbito político ou social, a violência aparece como um fator recorrente demandando ações efetivas dos governantes e governados.

Não existe, pois, a menor dúvida quando se afirma que a violência é o ponto comum presente nas relações entre os indivíduos, grupos, nações ou povos, a tal ponto de que filósofos e tratadistas consideram que o ser humano se define essencialmente por e para a violência.

Supunha-se que com o advento da modernidade, dos processos de racionalização a ela inerente e o estabelecimento internalizado do direito e das normas institucionais entre a população superariam as violências clássicas e tradicionais em suas variadas manifestações; no entanto, os dados extraídos dos acontecimentos sociais em suas distintas dimensões demonstram que este problema não será superado em curto prazo.

As violências apresentam um lastro negativo, porquanto tendem a submeter ou desarticular a vontade do outro, subtrair sua autonomia, eliminá-lo, expatriá-la ou simplesmente retirar sua posse, situações que denotam decomposição e perda de vigência das instituições que regulam o tecido social contemporâneo. É por isso que as violências se expressam de diversas maneiras, incluindo a insegurança pública.

Nesse sentido, a violência se revela não como potência e força, mas como sinal de impotência, de insensibilidade, de decadência da vida e de intolerância. É produto da frustração individual e coletiva e, em sua essência, negativa, sendo mais do que produto de condições objetivas da sociedade.

Permeia e desilude em todos os estratos sociais, inclui em sua dinâmica a infância, a juventude, a velhice; não distingue nacionalidade e religião – exceto os casos de marcado confronto étnicos nacional – e é carente de ética e moral.

A violência se apresenta também como uma relação social caracterizada pela agressão contra a integridade física, psicológica, simbólica ou cultural de indivíduos ou grupos sociais.
Em suas manifestações rompe com as normas jurídicas, destrói as coesões sociais e perturba o desenvolvimento normal das atividades econômicas, sociais e políticas de uma determinada sociedade. Tal é a magnitude e diversidade de ações qualificada de violentas, que, na atualidade, é pertinente falarmos de violências e não de violência, como o fazia o enfoque tradicional ao tratar o problema.

Acrizio Galdez